segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Morre o fotógrafo baiano Mário Cravo Neto, vítima de câncer
Redação CORREIO (Foto: Márcia Lima/ divulgação)
-----
Familiares confirmaram que o fotógrafo baiano Mário Cravo Neto, 62 anos, filho do também artista Mário Cravo Jr., morreu vítima de um câncer de pele na tarde deste domingo (9). Segundo informações de uma fonte que trabalha com o artista, Mário Cravo estava internado há três semanas no Hospital Aliança depois de ter piorado o seu quadro médico.
--------
Durante um ano ele permaneceu em São Paulo para lutando contra um câncer. Em julho, retornou à capital baiana para dar continuidade ao tratamento.
--------
Nascido em 1947 em Salvador (BA), Cravo Neto começou na arte aos 18 anos, desenvolvendo trabalhos em escultura e fotografia. Ele participou de cinco bienais de São Paulo (1971, 1973, 1975, 1977 e 1983), além de inúmeras mostras de fotografia na Europa e nos EUA.

De repercussão internacional, a obra de Mário Cravo Neto tem como principal característica a ligação com o universo afro-cristão existente na cidade onde nasceu, Salvador. Suas fotografias possuem, ao mesmo tempo, influências dos mitos religiosos do candomblé e da cristandade.

Durante o ano de 1968, quando se mudou para Nova York, ele realizou uma série de fotografias em cores 'On The Subway' e produziu também suas primeiras esculturas de acrílico. Entre os livros publicados estão “Ex-Votos“, 1986, “Salvador“, 1999, “Laróyè“, 2000, “Na Terra sob Meus Pés”, 2003, e “O Tigre do Dahomey - A Serpente de Whydah”, 2004.

O corpo será velado na manhã desta segunda-feira (10) no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana, onde será cremado às 11h.

Biografia
Mário Cravo Neto iniciou-se na arte da fotografia e da escultura em 1964. Estudou na Art Student’s League de Nova Iorque (1969-1970) e participou da 11ª., 12ª., 13ª.,14ª.,17ª. Bienal Internacional de São Paulo.

Em 1980 e 1995 recebeu o prêmio de Melhor Fotógrafo do Ano da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1996 o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte e em 2004 o Prêmio Mario Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Nenhum comentário: