domingo, 31 de maio de 2009





















'jogo-da-memória-versão-Faltesek'
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...

Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia

E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa

Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia
Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania...

E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...

Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie
Câimba, lepra, afasia...

O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco

[Arnaldo Antunes]

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Assim também a mulher é sempre mulher, isto é, sempre louca, seja qual for a máscara sob a qual se apresente. Não quero, todavia, acreditar jamais que o belo sexo seja tolo ao ponto de se aborrecer comigo pelo que eu lhe disse, pois também sou mulher, e sou a Loucura".
Novamente, Erasmo de Rotterdam (Elogio da Loucura), especialmente para ela, que vai morar na Escandinávia. Uma louca.





















Concorda com quem discorda da nova lei de proibição do cigarrinho!?! Eis a questão, Vinícius.
[Foto: Antônio Guerreiro]

segunda-feira, 25 de maio de 2009






















Baby Consuelo (na-boquinha-da-garrafa) por Antônio Guerreiro (abaixo)










"Nasci nas ilhas Fortunadas, onde a natureza não tem necessidade alguma da arte. Não se sabe, ali, o que sejam o trabalho, a velhice, as doenças; nunca se vêem, nos campos, nem asfódelo, nem malva, nem lilá, nem lúpulo, nem fava, nem outros semelhantes e desprezíveis vegetais. Ali, ao contrário, a terra produz tudo quanto possa deleitar a vista e embriagar o olfato: mólio, panacéia, nepente, manjerona, ambrósia, lótus, rosas, violetas, jacintos, anêmonas. Nascida no meio de tantas delícias, não saudei a luz com o pranto, como quase todos os homens: mas quando fui parida, comecei a rir gostosamente na cara da minha mãe. Não invejo, pois, ao supremo Júpiter, o ter sido amamentado pela cabra Amaltéia, pois que duas graciosíssimas ninfas me deram de mamar: Mete*, filha de Baco, e Apédia**, filha de Pã. Ainda podeis vê-las, aqui, no consórcio das outras minhas sequazes companheiras. Se, por Júpiter, também quereis saber os seus nomes, eu vo-los direi, mas somente em grego."
(Elogio da Loucura -Erasmo de Rotterdam)
*Mete, a Embriaguez
**Apédia, a Imperícia

domingo, 24 de maio de 2009


sábado, 23 de maio de 2009


[Lençóis]
[Foto: Simone Carvalho]