domingo, 15 de agosto de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 14 de março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
André Barcinski
Colaboração para a Folha
São muitas as obsessões de Woody Allen: cinema, amor, casamento, traição, adultério, velhice, Ingmar Bergman, Dostoiévski, Marx (Groucho, não Karl), Deus, religião, morte, sexo, sexo e mais sexo. Nenhum cineasta, nos últimos 45 anos, tratou de neuroses, inseguranças e fobias com tanta graça quanto esse hipocondríaco judeu nova-iorquino.
Quem curte as obsessões de Allen terá um prato cheio a partir de quarta-feira, quando começa a retrospectiva A Elegância de Woody Allen no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de São Paulo, com mais de 40 filmes. Para melhorar, todos serão exibidos em película, o que vai permitir apreciar melhor o trabalho de grandes fotógrafos com quem Allen trabalhou, como Gordon Willis (Coppola), Sven Nykvist (Bergman), Zhao Fei (Zhang Yimou) e Carlo Di Palma (Antonioni).
Assistir aos filmes em ordem cronológica dá uma ideia da trajetória e evolução de Woody Allen como cineasta. O auge se deu a partir da metade dos anos 70, quando dirigiu grandes filmes, como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (77), "Manhattan" (79) e "Hannah e Suas Irmãs" (86).
A retrospectiva é uma boa chance também de lembrar as influências cinematográficas de Woody Allen. Da mesma forma que Quentin Tarantino, seus filmes são colchas de retalhos de outros cineastas. "Os Trapaceiros" (2000) é uma versão da clássica comédia italiana "Os Eternos Desconhecidos" (58), de Mario Monicelli; "A Rosa Púrpura do Cairo" é inspirado em "Sherlock Jr." (24), de Buster Keaton.
Mas as duas maiores influências de Allen são mesmo Ingmar Bergman e Federico Fellini. Do sueco, Allen tomou emprestado "Sorrisos de uma Noite de Amor" (no seu "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão", 82), "Morangos Silvestres" ("Desconstruindo Harry", 97), "Gritos e Sussurros" ("Interiores", 78) e "O Sétimo Selo" ("A Última Noite de Boris Grushenko", 75). De Fellini, "La Strada" ("Poucas e Boas", 99), "Oito e Meio" ("Memórias", 78) e "La Dolce Vita" ("Celebridades", 98).
Nos últimos anos, Allen aproveitou seu prestígio na Europa, onde produziu quatro filmes: "Match Point", "Scoop" e "O Sonho de Cassandra", na Inglaterra, e "Vicky Cristina Barcelona", na Espanha. Há informações de um longa a ser rodado no Rio de Janeiro, em 2011. Enquanto isso não se confirma, Allen voltou a Londres para seu mais recente filme, ainda sem título, estrelado por Anthony Hopkins e Josh Brolin (de "Onde os Fracos Não Têm Vez").
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
Essas são algumas de suas 60 fotografias, tiradas entre 2002 e 2007, para a mostra "In Principio", que documentou sua viagem à Etiópia, Brasil, Guatemala, Colômbia e Índia - países produtores de café. Ele registrou com sua Leica as diversas etapas da produção cafeeira. Desde sua colheita até os processo de secagem, seleção de grãos e tostadura.
In principio foi patrocinada por uma marca italiana de café e em 2007 foi exposta na Galeria 32 localizada na embaixada do Brasil em Londres, e em setembro do ano passado a mostra esteve em cartaz na galeria Postfuhramt, em Berlim.



"Esta exposição é uma forma de voltar às minhas origens". Sebastião Salgado



"Muita gente nos países ricos acredita que o café é feito atrás do supermercado, portanto a idéia é mostrar que os grãos de café que compram passaram por muitas mãos e requerem muito trabalho". Sebastião Salgado


A propósito ... Vou tomar uma xícara de café. Acabei de acordar!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Vida antes da morte / 24 pessoas em dois cliques vitais: um pouco antes do adeus e o seguinte logo depois

Nessa época, em novembro de 2003, o fotógrafo Walter Schels, 72, e a jornalista Beate Lakotta, 42, já estavam tocando, há um ano, o projeto Noch Mal Leben (Viver de novo, em tradução livre), com a proposta de documentar a vida – e a morte – de pessoas em situação semelhante à de Schmitz. Em locais como o Hospiz em Hamburgo, onde estava o publicitário, a dupla passou a conviver com pacientes que toparam compartilhar seus últimos instantes. Como resultado de cada paciente acompanhado, dois cliques de Schels – um pouco antes do momento final e, o seguinte, instantes depois da morte – e um depoimento colhido por Beate.

“Tudo o que está além deste mundo é melhor do que nosso mundo. Melhor do que qualquer coisa que nossa mente possa imaginar.”

“Ninguém questiona como me sinto. Estão todos com cagaço. Conversam sobre tudo, menos sobre isso. Acho realmente triste esse jeito desesperado de evitar o assunto. Vocês não entendem? Vou morrer! Esse é o único pensamento que me ocorre.”
Entre dezembro de 2002 e junho de 2005, o casal entrevistou e retratou 24 pessoas de idades e perfis variados, resultando numa exposição que passou por diversos países. “Todos sabemos que vamos morrer um dia. Mas não acreditamos que isso vai nos acontecer de fato”, explica a jornalista, que é especializada em ciência e faz parte do staff da revista Der Spiegel. “Muitos entrevistados disseram que a doença aparecera justamente no momento em que haviam decidido passar mais tempo com a família, viajar bastante, ter mais prazer. Perceberam que a vida estava acabando quando, em tese, deveria começar”, diz. “Agora procuro evitar esse equívoco; estou centrada no presente.”

“É possível ter uma segunda chance na vida? Acho que não. Eu não tenho medo da morte – vou ser apenas um dos milhões, bilhões de grãos de areia no deserto.”
Klara Behrens nasceu no dia 2 de dezembro de 1920 e morreu em 6 de fevereiro de 2004
---
Para Walter Schels, o trabalho também o ajudou a se livrar de alguns traumas. “Passei por experiências terríveis durante a Segunda Guerra, quando minha casa foi bombardeada. Com apenas 9 anos tive que identificar corpos queimados dos vizinhos pelas roupas. Desde então, evitei o contato com a morte; aos 18, permaneci distante do meu pai quando ele morreu e, aos 50, nem ousei olhar para minha mãe durante seu velório”, conta. “Durante anos, tive um esqueleto no meu estúdio para tentar superar esse medo, mas não deu certo. Tive que me desfazer dele.”
---
Após o contato com as pessoas que vemos nestas páginas, ele enxerga o assunto hoje de forma mais amena. “Fazer o último retrato foi uma espécie de meditação sobre minha própria morte. Cada um dos encontros foi um choque de realidade, mas tentamos não lutar contra a tristeza. Na verdade, foi menos assustador do que havia imaginado.” Por quê? “A última vez na vida pode ser uma experiência preciosa e intensa. Com a morte, a dor desaparece. Basta olhar.”
--
+ http://www.noch-mal-leben.de/